“Tenho por princípios nunca fechar portas, mas como mantê-las abertas o tempo todo se em certos dias o vento quer derrubar tudo?” foi o que faltava à Sofia para lhe levar àquela conversa.
Ao chegar, deitou-se no divã, procurando uma posição aconchegante e escolhendo o primeiro assunto. Tantos pousavam em sua cabeça, ao mesmo tempo. Pensou em começar por sua família, mudou de idéia e foi tentar o amor, mudou novamente e enfim: Tanta história para contar, tantos pensamentos embaralhados e fundidos, mas, infelizmente, boca uma. Eu, por acaso, não poderia usar disfarces e fantasias, não é? Hm, tudo bem, só não sei se conseguirei, geralmente, tais máscaras encarnam sem minha permissão. Na realidade, não sei porque estou aqui. Todas as minhas sensações e medos não passam de doses demasiadamente grandes de sentimentalismo. Coisas que findam, tarde ou cedo, mas findam, ou passam momentaneamente. Afinal, tudo é tão breve, alegria, tristeza, bem-estar, sofrimento. O pior de tudo é saber disso, mas sempre se iludir com tais sentimentos, pensar que quando se casa, tudo vai ser eterna alegria; quando se tem nenéns rechonchudos, que eles serão eternos seres obedientes; quando se acaba um amor, pensamos que a dor é infinita. Para mim, só existe uma exceção: a saudade de um ente querido que se foi. Essa é a parte de mim que nunca some, não me deixa e me atormenta. Ela sucumbirá junto a mim? Não, não morrerá comigo: ela resistirá, estará presente na mente de meus parentes vivos e, quando eu também morrer, ela aumentará, com mais uma alma (a minha) para ser lembrada.
Ao chegar, deitou-se no divã, procurando uma posição aconchegante e escolhendo o primeiro assunto. Tantos pousavam em sua cabeça, ao mesmo tempo. Pensou em começar por sua família, mudou de idéia e foi tentar o amor, mudou novamente e enfim: Tanta história para contar, tantos pensamentos embaralhados e fundidos, mas, infelizmente, boca uma. Eu, por acaso, não poderia usar disfarces e fantasias, não é? Hm, tudo bem, só não sei se conseguirei, geralmente, tais máscaras encarnam sem minha permissão. Na realidade, não sei porque estou aqui. Todas as minhas sensações e medos não passam de doses demasiadamente grandes de sentimentalismo. Coisas que findam, tarde ou cedo, mas findam, ou passam momentaneamente. Afinal, tudo é tão breve, alegria, tristeza, bem-estar, sofrimento. O pior de tudo é saber disso, mas sempre se iludir com tais sentimentos, pensar que quando se casa, tudo vai ser eterna alegria; quando se tem nenéns rechonchudos, que eles serão eternos seres obedientes; quando se acaba um amor, pensamos que a dor é infinita. Para mim, só existe uma exceção: a saudade de um ente querido que se foi. Essa é a parte de mim que nunca some, não me deixa e me atormenta. Ela sucumbirá junto a mim? Não, não morrerá comigo: ela resistirá, estará presente na mente de meus parentes vivos e, quando eu também morrer, ela aumentará, com mais uma alma (a minha) para ser lembrada.
Menina, deixa eu te contar! É ficção, mas transcende muito além da narração em si e nos leva a um pólo reflexivo interessante. É babado demais! Li e viajei. Como se eu tivesse lido pela primeira vez. Super sério. Meus pés saíram do chão. Flutuei geral.
ResponderExcluirKekinha, adoro os seus escritos. :}
Não pare de escrever.
;*
CARACA!!!muito bom kekíssima...concordo em tudo q o carinha daí de cima falou... escreva!digulgue!...mostre para o mundo todo esse talento PROFUNDO!
ResponderExcluir;**
de uma sensibilidade surprendente, Kekinha, voce está se aprimorando minha pequena ;D
ResponderExcluiradorei!
Olhaa aquele filho que no últero/cerebro tava meio problemático, saiu tão lindo, tão saudável! *-*
ResponderExcluirKekaa parabééns, você deu a luz a um lindo texto!
=**
Fija, só li dois textos teus, mas a sensação de lê-los é boa, pois os tais dois já são de uma variedade tão grande em relação a elas e em relação ao que sei da tua vida que muito me anima a ler mais. Gosto de escritos assim, que passam do que conhecemos e entram em territórios que era para ser desconhecidos, mas que só Deus sabe como sabe-se falar tão bem e tão real.
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